Dedicado á Nivaldo Lima
Eu sempre quis saber tudo sobre você,
Quais são seus sonhos, suas vontades,
Suas virtudes e seus defeitos;
Mas o que mais queria saber,
Era sobre seus medos.
Você me contou,
Só não sei se aquilo que me contou
Realmente te aflinge.
Seus medos,
São como você,
Por isso, não sei se acredito,
Nem neles,
Nem em você.
Agora, já você,
Nunca se interessou em saber quase nada sobre mim,
Não quis saber do que gosto,
Do que odeio,
De onde vim,
Pra onde vou,
E quais são os meus medos,
Pois você mesmo assumiu,
Que não teve interesse.
Mas mesmo assim,
Vou contar cada um,
Pois quem sabe,
Você tome vergonha na cara quando souber?
E perceba que não sou como os outros que você conhece.
Admito que meus medos talvez possam parecer idiotas,
Mas são verdadeiros,
E que cresci criando eles,
Assim como criei meus sonhos.
Já você não criou medos,
Porque você não cresceu com eles,
Ao menos não como eu.
Eu cresci acreditando nos finais felizes,
Mas tinha medo de não ter o meu;
Pois minha infância não foi como eu esperava
E agora com meus quase vinte anos,
O medo se torna cada vez mais constante.
Você é a idealização perfeita dos meus sonhos,
Mas ás vezes sua atitude me irrita,
Me faz duvidar do que diz,
E agora, depois de você me mandar calar a boca,
Tudo o que disse quando nos conhecemos,
Se apaga,
Se torna falso,
Uma atuação.
O maior medo que tenho,
É de me encontrar velho, sozinho.
Não me importo de me tornar rico ou continuar pobre,
O que me importa é ter alguém para viver comigo.
O segundo,
Talvez já esteja acontecendo,
Quando eu tinha meus doze anos,
Pensava em conhecer amores,
E um deles,
Fosse sério,
O que eu não sabia,
Era que eu teria o azar de viver em uma geração que não acredita no amor.
Meu terceiro,
É de ser rejeitado por aquele que acredito ser o rapaz
Que faria da minha vida algo novo.
Eu pensava ser você,
Mas assim como outros,
Que já passaram por ela,
Você fez desse medo algo real,
E sei que também posso superá-lo.
Eu espero que eu não caia no seu esquecimento,
Pois esse é meu quarto medo;
Que você me esqueça,
Em meio á tantos rostos,
De tantas festas,
De tantas pessoas que passam pela sua vida.
Já percebi,
Que encerrarei esse ano ainda desejando ver você,
Que mesmo que eu conheça outros caras,
Eu ainda não vou te esquecer,
Pois esse mesmo sendo um pesadelo que vou enfrentar,
Eu sei que terei de conviver com ele e com todos os outros.
Pois meus medos são muitos,
Não do amanhã,
Do que vou ser,
Ou do que vou querer ter.
Mas sim o medo de não ver mais você.
Você acha bonito dizer "não";
Como você disse,
Isso te faz sesentir superior.
O que você não sabe é que todas as vezes que você me disse isso,
Você feriu meu coração,
E você não se importou em perder sua razão.
Espero que você enfrente seus medos,
Que um dia você me conte seus segredos,
Que possamos nos conhecer melhor,
Fazer de mim um rapaz menos dramático,
E de nossa história algo fantástico.
E mesmo que possamos estar longe,
Que nosso encontro um dia realmente possa acontecer,
E que até lá,
Espero que ainda lembre de mim.
Não com rancor,
Mas com carinho,
Com paixão,
Aquela que você diz ainda guardar por mim,
Porquê eu guardarei para você,
Independente do tempo que demore,
Do tempo que for,
Todo o meu amor;
Aquele que você também não consegue acreditar,
Mas que um dia irá querer te procurar,
E espero que um dia você possa o aceitar.