Na mogiana...

 

Dedicado á Luíz Vinícius Miyamoto

 

 

Depois de muitos desencontros,

Eu te encontrei,

Demorei,

Pude  olhar novamente no fundo dos seus olhos,

A sentir o cheiro  do seu perfume,

O brilho da sua pele,

Sentir sua voz ecoando em minha mente,

Do seu abraço que mesmo sendo tímido

Me faz falta todas as noites antes de dormir.

 

Você sabe que tenho medo,

Mas não sou tímido,

Apenas não sei lhe dar com o novo,

Com o que não conheço.

 

Segure minha mão,

Me deixe fazer aquilo que tenho vontade á muito tempo;

Desde o dia em que eu te conheci,

Nunca mais o esqueci.

 

Mas a viagem estava marcada,

As horas para sua partida estavam contadas,

Eu queria ver você partir,

Mas tinha medo de deixar você ir.

 

Meu coração se debatia,

Pois eli presentia,

Que você talvez não voltaria,

Que em São Paulo,

Você ficaria

E que na estação,

Meu coração você me devolveria;

E não era isso que eu queria.

 

Te dei outro presente,

Foi uma corrente,

Dei ela á você,

Para que não se esqueça de mim,

Use-a sempre que puder,

Pois assim saberei que você ainda lembra de mim,

Assim como lembro de ti,

Enquanto nós estamos á quilômetros de distância.

 

A paciência foi embora,

E aqui comigo ficará só a saudade,

Esperando tão anciosa quanto eu,

A sua volta.

 

Sinto que me sentirei vazio,

Que meus dias não serão mais os mesmos

Enquanto eu não o ver novamente.

 

Sentados no banco da antiga mogiana,

Eu percebia,

O quanto corro o risco,

De te dar o meu coração,

Mas eu não conseguir roubar o seu.

 

Mas quero viver cada minuto que eu puder com você,

Inventar sonhos,

Programas absurdos,

Sair juntos,

E quebrar nossos conceitos e preceitos,

E vivermos satisfeitos com os nossos sentimentos.

 

Apesar de querer esperar você pegar seu ônibus,

O tempo não nos ajudou,

Sua viagem atrasou,

Quando senti que aquele seria o meu último minuto com você neste ano,

Eu pensei em te abraçar,

E não Soltar,

Fazer daquela noite nossa São Paulo!

 

Queria te dar todos os beijos que guradei para você,

Aqueles que guardei quando você não podia recebê-los

E quero que na volta eu possa dá-los para você.

 

Peguei sua mão,

Entrelacei-a á minha,

Queria que tornassemos um só,

Que eu pudesse ser seu anjo da guarda,

Te proteger daquilo que não te faça bem,

Que cause tristeza quando não  convier,

Ainda mais agora que sei que você está longe de mim.

 

Á essas horas, você deve estar em alguma estrada,

Indo em direção á Cidade que nunca dorme,

Queria estar ao seu lado agora,

Admirando aquilo que tenho saudades;

Saudades de você!

 

Esperarei sua volta,

Não vou desistir do que começamos,

Quero fazer a diferença em sua vida,

Quero alegrar seus dias,

Quero estar na rodoviária,

Esperando sua volta,

Poder dizer que te amo,

Q ue não passei nenhuma noite

Sem que eu não me lembrasse de você,

Poder te dar tudo o que sonhei,

Ficar com seu perfume em minha roupa depois de te abraçar

E  poder um dia mostrar o quanto posso te amar.

 

Quando você voltar,

Quero tentar,

Posso te mostrar o que ainda ninguém conseguiu,

Me dê uma chance?

 

Quero ser mais do que sue amigo,

Quero ser seu amigo,

Seu irmão,

Seu homem,

Seu anjo.