quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Pra que tentar?



                                

 


Dedicado á Gabriel Melani.

Na sacada,
O vento bate todas manhãs em meu rosto,
Pois só assim me sinto perto de você,
Olhando o prédio onde sei que você está,
Pena que eu lá não posso entrar,
Pois prefiro evitar tem ver e não ter o que falar.

Tenho uma angústia me consome todos os dias,
Por infinitas vezes ao dia, 
Essa angústia é a falta de você.

 Nada depende mais de mim,
Sendo assim, 
Tento evitar agora tudo o que me faça lembrar,
Seja das suas fotos,
Do seu olhar,
Que me pego tentando imaginar,
Da sua voz que tento escutar;
Daí me nego a acreditar,
Que um dia tudo pode mudar,
E assim fico a me contentar com nossa distância.

Distância essa,
Que não é meramente física,
Pois eu não vivo tão longe de você,
E não me custa nada tentar te encontrar,
E finalmente parar de imaginar,
E começar a te conhecer de perto.

E poder te peguntar o por quê de fazer isso comigo,
O por quê não pode tentar?
Será tão difícil guardar um domingo,
E tentar fazer de mim mais do que um amigo?

Dizer o que penso desse seu jeito difícil,
E mostrar que tudo pode ser fácil,
Pois quero tentar,
E poder te mostrar que não vou brincar com aquilo que tento valorizar.

Mas não quero que pense algo que não sou,
Nem que diga que estou forçando algo que não pode existir,
Pelo menos de sua parte;
E eu mesmo rebatendo,
Me explicando e me expondo,
Ainda sim, sei que você me daria as costas.

Então tentarei não te procurar,
Tentarei não obssecar,
E quando enfim se um dia quiser tentar ao menos tentar conversar,
Não negarei,
Venha me procurar,
Não custa...
Só não garanto que sozinho vou estar.





Manhã de terça


Dedicado á Gabriel Melani

Hoje, quando olhei a cidade por cima,
O vento me trouxe você,
Não sei porquê,
Me bateu uma vontade de ir atrás,
De te ver.

Mas com essa vontade,
Acabei lembrando
Que você não faria nada por mim,
A vontade de te ver,
Me faz perceber que tudo o que imaginei,
Sonhei,
Pensei,
Imaginei,
Projetei,
Não sei se irá um dia acontecer.

Você não se interessa em me conhecer,
Parece não sentir a mínima vontade de me ver,
Nunca fez questão de me encontrar,
E enquanto espero á te desconhecer,
Eu fico à pensar,
E amanhã, será que na rua vamos nos esbarrar?

domingo, 11 de agosto de 2013

Suas exigências

Dedicado á Gabriel Melani

Não sei se foi sorte ou azar encontrar você
Quando Achei,
Me encantei,
Nossas primeiras palavras foram tão doces,
Tão cheias de Intenções e curiosidades.

Mas conforme os dias passaram,
O que era bom estava acabando,
A cada conversa você foi se transformando,
Se revelando,
Não um rapaz como eu pensava ser,
Mas um esnobe que ainda não soube crescer.

Não sei se você pensou que eu estava sendo fácil demais,
Ou que eu não era esperto o suficiente para você,
Veio me corrigindo,
Supondo aquilo que não existe,
Dizendo o que não sabe,
E adivinhando o que não devia.

Com isso eu também não continuei a ficar empolgado,
Pois com os passar dos dias,
Percebi que algumas pessoas que te rodeiam,
Eu já conheci
E antes que pense algo,
Quero que saiba que elas não são tão humildes,
Então já que não quer sair comigo,
Devo supor que você não seja tão diferente deles.

Rapaz de classe média alta,
Se é que não é rico,
Na qual não tolera  erros humanos,
Mas já parou pra perceber que você
Ainda é também pode errar como qualquer outro?

Não nego que quando te conheci me apaixonei,
Pois soube que tocava violino e piano,
Vi fotos e vídeos suas,
E não é todo dia que encontro um rapaz tão autêntico,
Tão único,
Mas tão fútil.

Quem dera,
Poder te conhecer melhor,
Poder te agradar,
Fazer você se apaixonar também?

Mas não,
Pelo que você me disse,
Eu não faço seu tipo,
Mesmo gostando das mesmas coisas,
As mesmas músicas,
Os mesmos lugares,
As mesmas pessoas,
Os mesmos costumes,
As mesmas ambições,
Você ainda teima que não temos  muito em comum?
Sério?!

Não vou mentir,
Minha vontade de você é tanta,
Que hoje tentei encontrar sua casa,
Mesmo sabendo apenas o bairro em que você mora,
E pior, acreditando na sua honestidade e na sua ingenuidade.

Eu sei,
Talvez seja uma obsessão,
Mas entenda que estou disposto á te dar meu coração,
Se não quer isso de alguém,
O que você quer enfim,
O que procura então?

Pois comigo,
Você poderá sempre contar,
Mas o que não entendo,
Se não me quer,
Por que ainda tenta chamar minha atenção?

Espera mesmo que eu atenda cada uma de suas exigências?
Que eu, rapaz apaixonado,
Viva na inocência,
Criando a cada dia, paciência para um amor já fracassado
Com alguém que nem parece querer se sentir amado?

Bom, se é que você sabe o que é isso de fato,
Mas quem sou eu para julgar,
Cada um faz o que bem entende,
Mas quem sabe um dia,
Você se lembre de mim,
E aí quem sabe enfim,
Assumirá que se arrepende.